sábado, 9 de agosto de 2008

Exposição de José Manuel Rodrigues em Évora

A mostra, intitulada "José M. Rodrigues - Antologia Experimental", é promovida pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA), ficando patente ao público até 31 de Agosto.
A iniciativa traça o percurso antológico de José Manuel Rodrigues, que a FEA realça ser "um dos nomes maiores da fotografia portuguesa contemporânea", com projecção internacional e uma "vasta obra" distinguida, nomeadamente com o prémio Fernando Pessoa em 1999, pelo conjunto da sua obra.
Estruturada em torno da recente série "Solo" (2005/06), a exposição cruza fotografias das últimas duas décadas do artista com segmentos relevantes do trabalho experimentalista e performativo por si realizado na década de 1980.
O projecto, inserido na programação anual da FEA, inclui 12 núcleos expositivos que, explica a organização, "exploram cruzamentos múltiplos entre fotografias, instalações, filmes experimentais e peças tridimensionais".
Entre as obras inéditas exposta em Évora, encontram-se um filme de homenagem a Ernesto de Sousa (realizado em 1984) e dois projectos, intitulados "Lugar" e "Lucefece", criados há um ano propositadamente para a exposição.
O comissário da exposição, Rui Oliveira, profundo conhecedor da obra do fotógrafo, procura "mostrar o trajecto de uma das principais figuras da fotografia portuguesa, tentando fazer uma leitura actualizada da sua obra".
Aberto ao experimentalismo e à pesquisa, às vezes irónico, muitas vezes poético, José Manuel Rodrigues explora "uma grande complexidade de elementos, interpelando o observador, aproximando-o do 'objecto' num registo de especial intimidade", retrata a entidade organizadora.
Segundo a FEA, esta exposição constitui um marco em termos dos projectos que tem desenvolvido, por ser a primeira que será internacionalizada.
A mostra ruma à Turquia no próximo ano, a convite do Instituto Italiano de Ancara, numa parceria no âmbito do programa da Comissão Europeia "Pontes Culturais".
Nascido em Lisboa, em 1951, José Manuel Rodrigues dividiu o seu percurso académico e artístico por França e pelos Países Baixos, onde manteve estreitas ligações com os movimentos da "Fotoarte" e outras tendências artísticas de vanguarda.
Estas influências viriam a ser determinantes no seu trabalho, mesmo naquele realizado depois de ter regressado a Portugal, em 1993, tendo-se estabelecido em Évora.
Em 1999, foi galardoado com o Prémio Pessoa pelo conjunto da sua obra artística e pela sua contribuição para as artes em Portugal.
Patente somente até 31 de Agosto - A NÃO PERDER

Retrospectiva sobre Le Corbusier no Museu Berardo

Esta retrospectiva sobre a obra do arquitecto francês de origem suíça Charles-Edouard Jeanneret (1887-1965), considerado um dos maiores do século XX, foi criada pelo Vitra Design Museum (Alemanha) em colaboração com o Royal Institute of British Architects (RIBA) e o Netherlands Architecture Institute (Holanda) e ficará no Museu Berardo até 17 de Agosto.
Dividida em três módulos, a exposição contém maquetas, pinturas, esculturas, desenhos e edições originais do arquitecto, urbanista, pintor, designer e coleccionador conhecido pelo pseudónimo Le Corbusier.
O objectivo da exposição é apresentar uma visão contemporânea da obra de Le Corbusier, oferecendo uma introdução acessível do autor às gerações mais novas.
A vasta obra de Le Corbusier abrange um período de 60 anos, desde os seus primeiros trabalhos na sua cidade natal suíça, La Chaux-de-Fonds, passando pelos edifícios cúbicos da década de 20, nomeadamente a icónica Villa Savoye (1928-31), culminando com as suas últimas obras, das décadas de 50 e 60, das quais a Capela de Ronchamp (1950-55) e os edifícios da cidade indiana de Chandigarh (1952-1964) são exemplos.
A mostra foca igualmente os grandes temas do trabalho do arquitecto, nomeadamente, o seu interesse pelo Mediterrâneo e pelo Oriente, as formas orgânicas, na década de 30, bem como a utilização e exploração de novas tecnologias e dos media.
O núcleo mais expressivo da mostra é composto por um grande número de artefactos cedidos pela Fundação Le Corbusier, e inclui vinte pinturas originais, oito esculturas, várias peças de mobiliário, cerca de 80 desenhos originais, meia centena de primeiras edições da Livraria Le Corbusier, e mais de 70 objectos da colecção particular do arquitecto.
Entre os objectos expostos, destacam-se a pintura mural proveniente do escritório de Le Corbusier na Rue de Sèvres, Paris (1948), e uma reprodução de grandes dimensões do Philips Pavilion (1958), ambas emblemáticas do trabalho criativo de Le Corbusier.
O diálogo criativo entre o arquitecto e outros artistas seus contemporâneos está representado através de peças de mobiliário de Charlotte Perriand e Jean Prouvé, bem como de pinturas de Fernand Léger e André Bouchant.
A exposição partirá depois para Liverpool, Capital Europeia da Cultura, e seguidamente para Londres, onde encerrará a sua digressão.
Patente somente até 17 de Agosto. A NÃO PERDER!!