quarta-feira, 30 de julho de 2008

Estreitorama - Exposição de Fotografia Pinhole





“Utilizo câmaras Pinhole (de orifício) com filme 120 (médio formato) para produzir Estreitorama. Estas câmaras permitem mais liberdade de criação e boa qualidade na ampliação. A imagem resultante, apesar de fotográfica, aproxima-se mais de uma imagem mental do que óptica, onde um espaço visual é construído depois de o filme assimilar múltiplas sensações. Para isso, dentro da câmara, coloco reticulas gráficas de pontos. Estas reticulas permitem criar mascaras de meio-tom, assim como sobreposições de formas e cores. Eu amo reticulas! No início do século XX, sua invenção foi fundamental para a impressão da fotografia em larga escala nos jornais e revistas. Agora, trago-a para a matriz fotográfica, faço fotos que já nascem com uma trama de pontos. Uma foto construída de partes estreitas, de trechos de luz e sombra, colhidos linearmente, um após o outro, como um texto, onde colocamos palavra após palavra para criar imagens na mente do leitor.”
Luish Coelho
Inauguração: Sexta-feira, 01 de Agosto a partir das 19:00h
Colorida Galeria de Arte
Rua Costa do Castelo, 63 (Ent. Esc. Marques Pontes de Lima, 1A)
Lisboa
Tel. 211 512 142

O olhar de David Goldblatt sobre o apartheid, em Serralves


Foto: David Goldblatt

A exposição "Intersecções Intersectadas" contém pares de fotografias tiradas durante e depois do período segregacionista, nunca antes exibidas fora da África do Sul.
Oportunidade de conversa com Goldblatt
Este sábado vai ter lugar uma conversa com David Goldblatt e com o comissário da exposição, Ulrich Loock, pelas 17h00, na Biblioteca de Serralves. A exposição pode ser visitada até 12 de Outubro.
Parte do trabalho do fotógrafo sul-africano David Goldblatt vai poder ser visto a partir desta sexta-feira no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Fortemente influenciado pelo apartheid desde o início da sua carreira, que conta já com quase 50 anos, o fotógrafo é aclamado por alguns como um dos maiores profissionais da actualidade.
Em “Intersecções Intersectadas”, são exibidos pares de fotografias tiradas durante e após do apartheid. Para o comissário da exposição, Ulrich Loock, "o tempo que separa duas fotografias é sempre um tempo social e politicamente marcado". Das fotografias do período do apartheid existe apenas uma a cores. De resto, sempre trabalhou a preto e branco, excepto para uso profissional. Como explicou Goldblatt, esta quinta-feira numa sessão de apresentação da mostra, naquela época “não usava cor por ser imprópria para a situação sócio-política do país”. Em contraposição, todas as fotografias do pós-apartheid são a cores.
Ao longo da sua carreira fotografou segmentos distintos da sociedade do seu país, desde os africânderes aos negros do Soweto, passando pelos indianos de Fietas e os europeus de Boksburg.
A passagem para a cor constitui um momento importante na sua carreira. Quando fotografou uma mina de amianto azul na Austrália começou a descobrir as potencialidades da cor que poderia explorar na sua fotografia. Para além destas, podem-se encontrar em “Intersecções Intersectadas” algumas fotos de “In the time of AIDS” ("No tempo da SIDA", em português) e, também, 40 imagens de Joanesburgo tiradas em várias fases da carreira de Goldblatt.

Fonte: JPN

sábado, 19 de julho de 2008

Hermitage já não quer ter um pólo permanente em Portugal

Afinal, o Museu Hermitage de São Petersburgo não está interessado em ter um pólo permanente de exposição em Lisboa, disse anteontem ao PÚBLICO o director da emblemática instituição russa, Mikhail Piotrovski. Depois de um investimento nacional de mais de 1,5 milhões de euros, no ano passado, na exposição-teste para o lançamento desse pólo, com inauguração prevista para 2010, Piotrovski, que está à frente do Hermitage desde 1992, faz um balanço negativo da colaboração com Portugal."
"Percebemos que Portugal não tem dinheiro para este tipo de exposição", disse Piotrovski em breve conversa telefónica, sublinhando ainda: "Tivemos problemas de organização que nunca nos aconteceram neste tipo de exposição".
Escusando-se a entrar em pormenores, o director do Hermitage diz apenas que houve "demasiadas discussões" e "dinheiro que não chegava", "questões que normalmente correm sem percalços". Diz, por outro lado, que essa exposição - De Pedro, o Grande a Nicolau II: Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage, que esteve na Galeria D. Luís I do Palácio Nacional da Ajuda entre Outubro de 2007 e Fevereiro deste ano, com 600 obras da dinastia Romanov - "foi uma das melhores que o Hermitage já fez na Europa", mas que se viu ofuscada por questões extra-artísticas e foi maltratada, nomeadamente, pela imprensa.
"Sentimos que havia demasiados jogos políticos. Nós não temos nada a ver com isso, mas sentimos que não somos realmente desejados [em Portugal]."
As declarações de Mikhail Piotrovski surgem na sequência de uma intervenção do actual ministro da Cultura português, José António Pinto Ribeiro, que, há um mês, anunciou na Assembleia da República o cancelamento da segunda exposição do Hermitage prevista para Portugal.
Jornal Público, 19/07/08
Foto: Pedro Cunha
Texto: Vanessa Rato

terça-feira, 15 de julho de 2008

Quinteto Barbacute

Fórum Eugénio de Almeida 17 de Julho 19h00
Quinteto luso-italiano-brasileiro constituido por instrumentistas de formação clássica, em manobras de diversão pelas músicas do mundo, classe decididamente não-turística: viagem com escalas na América do Norte (o ragtime de Scott Joplin), América do Sul (chorinhos de Pixinguinha e Zequinha de Abreu, "bachianas" de Heitor Villa-Lobos, tangos de Astor Piazzolla) e Europa de Leste (Klezmer, a música da diáspora judaica). Algures entre o pranto e a alegria, a melancolia e a festa.
António Carrilho - flautas e bisel
Fausto Córneo - Clarinete e clarinete baixo
Marcelo Fortuna - guitarra, cavaquinho, banjo e percussões
Edoardo Sbaffi - violoncelo
Miguel Leiria Pereira - contrabaixo

sábado, 12 de julho de 2008

Animais mortos viram obras de arte em exposição chocante na Inglaterra

Um dos quadros que estarão expostos no London Design Festival. (Foto: Reprodução)

Uma exposição que fará parte do London Design Festival promete chocar os visitantes do evento, entre os dias 13 e 23 de Setembro na capital inglesa. Ela vai unir talentosos designers e artistas de vanguarda, objectos do quotidiano e animais - alguns deles aparentemente mortos há pouco tempo acomodados em taças, bandejas e urnas de vidro. As obras, consideradas perturbadoras, representam uma corrente artística na qual os criadores contemporâneos propõem um retorno a formas realistas em seu trabalho, rejeitando as abstracções que dominam o mercado de arte. Eles buscam inspiração em criaturas vivas e tentam provocar reacções intensas no público. Na edição de 2007, o festival de design foi visitado por 350 mil pessoas de 32 países.

London Design Festival

Agora no seu sexto ano, o London Design Festival tem-se firmado como maior evento no calendário do design internacional, apelando cada vez à uma ampla audiência, de consumidores, profissionais, estudantes e todos aqueles que têm um grande interesse no projecto. Para 2008, o Festival promete uma variedade ainda maior de manifestações criativas do que no evento de 2007, com exposições e instalações a terem lugar em toda Londres, envolvendo um diversificado leque de talentos.

http://londondesignfestival.com/default.aspx

Num lindo dia de sol...

Cascais (Foto: Maria Ribeiro)
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa