
"Percebemos que Portugal não tem dinheiro para este tipo de exposição", disse Piotrovski em breve conversa telefónica, sublinhando ainda: "Tivemos problemas de organização que nunca nos aconteceram neste tipo de exposição".
Escusando-se a entrar em pormenores, o director do Hermitage diz apenas que houve "demasiadas discussões" e "dinheiro que não chegava", "questões que normalmente correm sem percalços". Diz, por outro lado, que essa exposição - De Pedro, o Grande a Nicolau II: Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage, que esteve na Galeria D. Luís I do Palácio Nacional da Ajuda entre Outubro de 2007 e Fevereiro deste ano, com 600 obras da dinastia Romanov - "foi uma das melhores que o Hermitage já fez na Europa", mas que se viu ofuscada por questões extra-artísticas e foi maltratada, nomeadamente, pela imprensa.
"Sentimos que havia demasiados jogos políticos. Nós não temos nada a ver com isso, mas sentimos que não somos realmente desejados [em Portugal]."
As declarações de Mikhail Piotrovski surgem na sequência de uma intervenção do actual ministro da Cultura português, José António Pinto Ribeiro, que, há um mês, anunciou na Assembleia da República o cancelamento da segunda exposição do Hermitage prevista para Portugal.
"Sentimos que havia demasiados jogos políticos. Nós não temos nada a ver com isso, mas sentimos que não somos realmente desejados [em Portugal]."
As declarações de Mikhail Piotrovski surgem na sequência de uma intervenção do actual ministro da Cultura português, José António Pinto Ribeiro, que, há um mês, anunciou na Assembleia da República o cancelamento da segunda exposição do Hermitage prevista para Portugal.
Jornal Público, 19/07/08
Foto: Pedro Cunha
Texto: Vanessa Rato